As escolas começam a inserir de forma mais efetiva novas tecnologias no ensino, como lousa digital, salas 3D e tablets. Isso traz novas posturas e investimentos dos colégios e dos alunos
Alunos podem escolher entre material didático disponibilizado nos livros e apostilas ou nos tablets
A escola do futuro chegou. Novas ferramentas estão sendo inseridas de forma mais efetiva no ensino. Tablet, lousa digital e sala 3D são as apostas para manter a competitividade no mercado da educação.
O principal interesse é atrair a atenção do aluno “nativo digital” - aquele que já nasceu inserido na dinâmica tecnológica. É o caso de Felipe José Santos, 14, que acaba de concluir o 9º ano. Para ele, a ausência da Internet, por exemplo, afetaria muito a vida dos estudantes.
“A gente precisa ficar conectado ao mundo, pesquisar. A gente precisa estar informado. Sem Internet, não seria o fim do mundo, mas afetaria muito”, pondera. Felipe já usa tablet e afirma ser essa uma nova e positiva forma de aprendizagem.
O colégio Santo Inácio é um dos que investiu em novos equipamentos. Vai disponibilizar o material didático do Ensino Médio em tablet, além de igual material impresso. É uma parceria com a editora Saraiva, que vai dar acesso também a mais de 300 títulos gratuitamente.
“O mais importante é o material impresso. O tablet serve mais por motivação, porque tem o conteúdo digitalizado mais aplicativos”, ressalta José Gilson Barros, professor e coordenador do Ensino Médio.
O investimento do aluno no tablet, somado à apostila, é de R$ 1.435, parcelado em até oito vezes, informa. O equipamento fica com o aluno.
Ao passar para a série seguinte, paga-se só pelo material impresso, que sai em torno de R$ 800. O colégio atualiza o tablet com o conteúdo da série do aluno, garante, sem custo adicional.
Onda tecnológica
O outro que aderiu à onda tecnológica foi o 21 de Abril. O aluno vai poder escolher entre o material impresso ou o conteúdo digital em tablet. Terão também lousas digitais e uma sala 3D, com investimento da ordem de R$ 15 mil, além do aluguel de equipamentos, informou o diretor geral, Airton Oliveira.
No segundo semestre de 2011, foi a vez da escola Master inserir o tablet, mas não na sala de aula. “É uma ferramenta de auxílio ao professor. Todas as salas tem kit multimídia e Internet para possibilitar uma aula mais dinâmica”, ressalta o professor Maurício Herculano, da direção geral.
Conforme Maurício, o estudante tem acesso ao equipamento na biblioteca, sem custos. Na sala de aula, por enquanto, somente o professor poderá utilizar.
“A gente percebe que é um recurso que facilita o trabalho do professor na preparação da aula e traz ao aluno uma motivação para pesquisar”, diz o diretor.
O colégio Lourenço Filho tem lousa digital e faz reformas de adaptação aos tablets na biblioteca para pesquisa, conta Carlos Bezerra, professor de matemática e coordenador pedagógico da instituição de ensino.
Algumas editoras vão disponibilizar conteúdos à plataforma digital que serão utilizados pelos alunos nos seus próprio notebooks e computadores. “Não tem material inserido em tablets. Nós acreditamos que não é esse o momento ainda. Não vamos usar tablets diretamente em sala de aula”, diz Bezerra.
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
Não há como fugir das novas tecnologias para o ensino. O Brasil já está atrasado nesse aspecto. É necessário incluir novas formas de ensino com responsabilidade, para que não seja apenas uma forma de competitividade no mercado.
Números
4 mil reais é o custo médio de um kit de lousa digital
15 mil reais é o custo aproximado para montar uma sala 3D
Resumo da série
Durante quatro dias, O POVO publicou a série Negócios da Educação, com enfoque para o mercado de escolas particulares no Ceará. O conteúdo abordou casos de sucesso e fracasso, gestão, empreendedorismo, cooperativismo e inovação no setor.
Fonte: O POVO ONLINE
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