sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MERCADO PARA MATEMÁTICO EXPANDE TAMBÉM ALÉM DA DOCÊNCIA

x = (- b ± √b² - 4ac¯)/2a. Eis a Fórmula de Bhaskara, uma das mais conhecidas da Matemática, empregada para resolver equações de segundo grau. Essa e muitas outras são vistas intensamente durante os três anos do curso de licenciatura em Matemática na Unoeste. Ao lidar com os números, os profissionais estão habilitados a lecionar e a trabalhar em diversas empresas, pois o ramo está em expansão. 
Com a ampliação do setor, o ingresso profissional está mais rápido. Prova disso é que na metade da graduação quase todos os acadêmicos estão empregados, festeja a coordenadora, Carmen Lúcia Kohl Martinez Paz. “Existe grande procura pelo professor de Matemática nas escolas”, avisa.
Ela ainda assegura que “a matemática faz parte de todas as áreas”, o que também torna a profissão um atrativo fora dos colégios. “Na nossa região não tinha essa procura, mas está começando a ter. Está aumentando o mercado de trabalho porque as pessoas começam a enxergar o matemático de outra forma. Qualquer empresa pode precisar dele, ele racionaliza, faz a lógica, consegue organizar recursos e dar maior aproveitamento”, demonstra Carmen.
De acordo com ela, o matemático pode prestar concurso, trabalhar em bancos, seguradoras, mercado financeiro, na área da Saúde, em indústrias e setores que exigem uso de modelagem matemática. “Tudo precisa de matemática, não tem uma que profissão que não a use. Tudo é baseado em pesquisa, então o profissional tem que ter noção matemática para analisar pesquisas”, argumenta a professora da Matemática da Unoeste, Rita de Cássia Gabrielli Battilani Becegato.
Os subsídios que deixam o profissional dos números capaz de dar propulsão maior às instituições estão na grade curricular da Matemática da Unoeste. As disciplinas percorrem todos os segmentos dessa ciência exata e são divididas, por exemplo, em Álgebra, Desenho Geométrico, Estatística, Física, História da Matemática, Lógica e Matemática Financeira.
Para direcionar o aluno especificamente à docência, o ensino contempla Didática, Interpretação de Texto, Libras, Língua Portuguesa, Metodologia e Psicologia. “O egresso também pode seguir ao mestrado, doutorado, tem muito espaço, a Matemática é uma profissão para quem gosta da área. Existe medo, dizem que ela é difícil, mas não é”, constata a coordenadora.
Vida em cálculos – A professora da Unoeste e doutora em Ciência e Tecnologia de Materiais, Dayene Miralha de Carvalho Sano, é aficionada por Matemática. “Sempre gostei e me dei bem com os números. Não imaginava que iria me formar em Matemática, mesmo que a minha brincadeira favorita na infância fosse escolinha e até dar aulas para alguns colegas”. Segundo ela, hoje tem a certeza que escolheu a profissão certa. “Ser professor é fascinante e viciante, o contato com os alunos é motivador e me dá muito prazer ensinar”.
Outra docente de talento é a egressa da Unoeste Rosilene Anevan Fagundes Lampa. Ela leciona em Pinhais (PR) e já conquistou dois prêmios nacionais pela boa condução do ensino da Matemática. O primeiro foi em 2008, quando ganhou o Professores do Brasil, concurso promovido pelo Ministério da Educação (MEC). O mais recente foi em 2010, com a obtenção do título Educadora Nota 10, pelo Prêmio Victor Civita.
Números no sangue – Quem também tem a Matemática nas veias é Edinilson Sales Ramos, 41, formado em 2007 pela Unoeste. Gosto aliado ao aprendizado da graduação, hoje usa o conhecimento para atuar como gerente nacional de merchandising da Regina Festas, empresa reconhecida nacional e internacionalmente. “Se você não tiver Ciências Exatas, está perdido. Tem que saber. E durante o tempo que você passa na faculdade, você é uma pedra bruta a ser lapidada”, decreta. Os números e a Matemática propriamente dita acompanham Ramos na rotina profissional. Ele diz que trabalha com cronogramas, gráficos, metragem de área e matemática financeira.
A vontade de trabalhar com números ele já garantiu à herança do filho, Pedro Henrique Sales Ramos, 19, que em 2012 iniciará o último ano de Matemática, na Unoeste. “Está no sangue, graças a Deus”, comemora o pai. Diferentemente do genitor, Pedro deverá seguir a carreira de professor. 

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