O escritor, crítico literário e professor, Miguel Sanches Neto, defende a valorização do profissional do ensino, mas faz considerações sobre a falta de leitura pelos professores
Você sabia que a escola pode deseducar? Que boa parte dos professores de literatura não leem, e que os livros literários são criminosamente utilitarizados nas escolas? Estas são algumas análises do escritor, professor e crítico literário Miguel Sanches Neto, um dos mais importantes nomes da nossa literatura e que mora em Ponta Grossa, sobre a educação. Por outro lado, Miguel fala dos avanços que estão ocorrendo no país e destaca a necessidade de desenvolver uma formação mais cosmopolita do estudante brasileiro, através de estágios, bolsas e extensões no exterior. O professor defende ainda, a sua categoria, apontando que não haverá melhoria da educação, enquanto não houver respeitabilidade ao profissional da área. Leia mais na entrevista que o Jornal da Manhã fez na casa do escritor.
Jornal da Manhã - Qual é a análise que você faz da Educação hoje no Brasil?
Miguel Sanches Neto - Como o Brasil hoje está ocupando um papel de protagonismo internacional, a questão da educação se tornou politicamente mais forte. Você vê que existe um esforço muito grande para se modificar a educação no Brasil. E esta preocupação está em todos os níveis, até na universidade. Existe um interesse em mandar brasileiros ao exterior para que, em cursos de graduação e pós-graduação, eles possam trazer uma formação mais cosmopolita. Desde a época em que eu era aluno, no período da ditadura, sem falso entusiasmo, nunca se viveu uma preocupação tão grande com a educação no país. O Brasil sente que pode ser um líder internacional na economia, ele tem este potencial, mas ao mesmo tempo falta para ele uma base, a formação de pessoas capazes de assumir este momento histórico.
Fonte: JORNAL DA MANHÃ
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