No país, o futuro já faz parte do cotidiano. Os coreanos fazem compras pelo celular e vivem conectados.
A saudação para quem chega à Coreia do Sul bem que poderia ser: “Bem-vindo ao futuro”. No país os robôs já não são coisa de laboratório e fazem parte do dia a dia. A internet é a mais rápida do mundo. E os coreanos aproveitam para estarem sempre conectados. Aliás, no país tudo está conectado.
Um supermercado fica no metrô de Seul, e as compras são feitas por um painel. Basta aproximar o telefone celular de um quadradinho, que funciona como um código de barras, apertar o comando, e a compra está feita.
As pessoas poderiam fazer as compras de uma maneira semelhante usando o computador, mas uma das vantagens do supermercado virtual é que é possível ver o tamanho e a aparência dos produtos. É possível escolher os itens que você quer, fazer as compras, pegar o trem e ir para casa, enquanto aguarda a entrega.
Um rapaz disse que é uma ótima ideia, porque ajuda a passar o tempo enquanto ele espera o metrô. E ele aproveita para comprar o que está precisando.
As compras feitas pelo celular vão para um computador em um supermercado de verdade e saem impressas também em código de barras. Em poucas horas, os produtos são separados e embalados para chegarem ao destino de maneira rápida e prática.
Mas e quando se quer ir pessoalmente fazer as compras, em um shopping, por exemplo? Em um deles, o público conta com a ajuda de uma robô. Ela fica passeando pelos corredores e tem como função dar informações. Para as meninas que querem assistir a um filme, a robô apresenta os horários das sessões e até passa um trechinho para saberem ao que vão assistir.
As crianças já estão tão acostumadas com seres cibernéticos que até cumprimentam um deles quando chegam à sala de aula. Em uma escola, o professor é um robô. Ao todo, 30 escolas da Coreia do Sul já estão usando robôs para dar aulas de inglês. Um deles tem duas funções e uma cara diferente para cada uma delas. Quando está com uma cara de robô, significa que está funcionando sozinho. Uma das tarefas é corrigir a pronúncia dos alunos. Quando o aluno acerta, ele dá os parabéns. Quando erra, diz que é para tentar mais uma vez. Mas o robô também pode ter outro rosto, que significa que ele está sendo controlado por uma professora de verdade.
O professor-robô não substitui o professor humano, que ainda é muito necessário para uma boa educação. Ele apenas não precisa mais ficar dentro da sala de aula. Pode, por exemplo, ficar em outra sala. Ela poderia também estar em casa, em outro país, em qualquer lugar do planeta, ensinando como se estivesse dentro da sala de aula.
O rosto que aparece no robô é bem diferente do da professora. A imagem é, na verdade, um avatar - uma figura virtual que representa um ser real. As expressões faciais, porém, são as mesmas, porque o computador da professora tem um sensor que capta os movimentos do rosto dela e transmite para o robô, que repete direitinho. "O professor robô é muito engraçado", diz uma aluna. "Eu sinto mais vontade de estudar com ele do que com um professor humano”.
O diretor do Centro de Inteligência Robótica, Musang Kim, explica que os robôs são usados para ensinar inglês, porque não há professores suficientes na Coreia que tenham bom domínio da língua. Nada impede que, no futuro, possam ser usados em outras disciplinas. Ele diz que os resultados são excelentes: "Os alunos coreanos costumam ser muito tímidos. Com o robô, eles se soltam, participam e conseguem aprender mais".
Até cantam com a ajuda do robô.
Em outra sala de aula, a professora é de carne e osso. Mas nem por isso ela é menos tecnológica.
Os alunos têm internet sem fio na sala de aula, ou seja, têm acesso a qualquer página da internet e podem conversar com qualquer pessoa no mundo. Você pode achar que é difícil prestar atenção na aula desse jeito, mas a professora tem controle total sobre os alunos. Ela consegue ver as telas dos computadores de todos eles.
O repórter Roberto Kovalick pergunta para um dos alunos se de vez em quando ele fica de papo com os colegas pela internet durante a aula. E ele diz, sem querer: “às vezes, sim”. Mas rapidinho se corrige: "Não, não nunca fiz isso”.
A professora explica que, se o aluno não estiver prestando atenção, manda uma mensagem que aparece só na tela dele. É o puxão de orelha individual. Mas, de vez em quando, ela diz que precisa usar o velho método da bronca em alto e bom som.
Quando os jovens coreanos crescerem, não vão estranhar quando encontrarem um robô na cozinha fazendo o serviço de casa. Um deles consegue identificar cor e formato pelos olhos, e a textura usando o tato, como nós humanos fazemos. Por isso, consegue achar os produtos na geladeira e servir direitinho.
Esse futuro em que um dia viveremos está chegando mais cedo à Coreia. Internet de graça, telas sensíveis ao toque e outros luxos em quase todo o mundo estão à disposição nas ruas de Seul.
Fonte: FANTÁSTICO
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