CNE QUER CADASTRO DE ESTUDANTES PARA EVITAR FRAUDES NA LEI DE COTAS

CNE (Conselho Nacional de Educação) pretende implantar sistema de cadastro nacional de estudantes. O objetivo com a medida é impedir a falsificação da entrada de candidatos no sistema de cotas das universidades federais 

O cadastro pretende evitar que um estudante que faça o ensino
médio em escola privada preste uma prova
de certificação de supletivo

O CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão consultivo do MEC (Ministério da Educação), discutirá a criação de um cadastro nacional de estudantes com dados sobre o histórico escolar. O objetivo com a sugestão é evitar fraudes no sistema de cotas das universidades federais. O cadastro pretende evitar que um estudante que faça o ensino médio em escola privada preste uma prova de certificação de supletivo emitido pela rede pública e se candidate como cotista.

De acordo com o Portal Aprendiz, o presidente do CNE, José Fernandes de Lima, acredita que atualmente as universidades federais não têm condições de distinguir se um candidato fez apenas o supletivo ou se passou por essa etapa após concluir o ensino médio regular em uma rede privada.

Neste ano, pelo menos 12,5% das vagas em todos os cursos das universidades federais estão reservadas para estudantes de escolas públicas. Em 2016, o porcentual chegará a 50%.

O pesquisador da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília), Antônio Testa, afirma que a falta de controle sobre quem realizou o supletivo de maneira legítima abre brechas para fraude. De acordo com ele, o MEC deveria gerenciar o cruzamento de dados dos estudantes e as secretarias de Educação, visando maior regulação do acesso ao supletivo.

O presidente do CNE também compartilha da ideia. Para ele, o MEC vai precisar agir a respeito. “Hoje, não existe um sistema de cadastro nacional de estudantes. Os conselhos estaduais de educação têm registros e as secretarias possuem seus bancos de dados, mas eles não estão conectados nacionalmente”, observa Lima.

Fonte: UNIVERSIA