Trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa sobre Moléculas Bioativas da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) relata, em “primeira mão”, que a cera de carnaúba contém catequina e ácidos gálico e clorogênico, importantes antioxidantes e antifúngicos naturais. A pesquisa intitulada Antioxidant and antifungal activity of carnauba wax powder extracts foi publicada na edição de dezembro de 2018 da Revista Industrial Crops e Products (vol. 125), classificada no estrato A1 do Sistema QUALIS, da Plataforma de Periódicos da CAPES.
A pesquisa avaliou a atividade antioxidante e antifúngica apresentada por extratos de cera de carnaúba, por meio da quantificação dos compostos fenólicos e flavonoides presentes nesses extratos.
São autores da pesquisa os professores Lúcia Betânia da Silva Andrade(Ciências Biológicas), Murilo Sérgio da Silva Julião (Química), Ricardo Carneiro Vera Cruz (Ciências Biológicas), Tigressa Helena Soares Rodrigues(Química), Raquel Oliveira dos Santos Fontenelle (Ciências Biológicas), André Luís Coelho da Silva (Laboratório de Biotecnologia Molecular).
De acordo o Professor Murilo Julião, estudos já realizados mostraram que essas substâncias são bastante promissoras contra alguns tipos de câncer, como o de mama, próstata e colorretal. Também auxiliam o sistema imunológico, protegem contra doenças cardiovasculares, apresentam ação antimicrobiana, atuam na prevenção do diabetes e de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e Parkinson e, ainda, podem ajudar na perda de peso. “A presença desses compostos fenólicos e flavonóides foram responsáveis pelo efeito antifúngico dos extratos de cera de carnaúba. Entretanto, como os estudos de nosso grupo de pesquisa foram realizados com o extrato bruto, a identificação dos compostos que exercem a atividade antifúngica, ainda, não está totalmente elucidada”, explica o Professor Murilo Julião.
A próxima etapa da pesquisa a ser realizada pelo Grupo de Pesquisa Moléculas Bioativas da UVA será “o isolamento dos constituintes no extrato bruto da cera de carnaúba, a fim de esclarecer o potencial bioativo desses compostos”, acrescenta o Professor Murilo.
Fonte: UVANET
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