Passado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é hora de focar nos vestibulares de todo o País. O caminho para garantir uma vaga na universidade passa invariavelmente pela prova de idioma. Apesar de terem objetivos semelhantes, os concursos diferem principalmente quanto ao grau de conhecimento exigido do aluno. "As duas propõem basicamente interpretação de texto e gramática contextualizada", explica a professora de Espanhol do Curso e Colégio Acesso, Ana Maria Carbonell. No entanto, a professora alerta que a prova do Enem é considerada mais fácil por ser mais simples, direta e objetiva. Para as questões dos vestibulares, o preparo deve ser intensificado.
Um bom modo de adiantar-se ao texto é ler primeiramente as questões propostas, aconselha Vera Laurenti Bianchini, coordenadora pedagógica da FISK Centro de Ensino. Para Ana Maria, essa estratégia funciona, mas o vestibulando não pode imaginar que já vai encontrar as respostas claras no texto quando o ler. A leitura antecipada das perguntas, comenta, é um artifício apenas para o candidato identificar onde as respostas podem estar. "Mas o aluno tem que lembrar sempre de ler todo o texto antes de responder as questões", alerta Ana.
Conhecer bem a prova que irá prestar também deve ser uma preocupação do aluno, explica Fábio Berthier, professor de Inglês do Curso Apogeu. "Em geral, a banca avaliadora mantém o mesmo padrão de testes por alguns anos. De acordo com o perfil de aluno que a universidade deseja, as questões são moldadas com um foco específico, e o aluno consegue perceber ao resolver os exames dos anos anteriores", explica. Essa diferença de acordo com a filosofia da entidade também reflete-se no conteúdo cobrado na prova de espanhol em todo o País, afirma a professora de espanhol do grupo Positivo, Inêz Gaias. "Alguns exames exigem um conhecimento dos aspectos culturais de um dos 21 países falantes de espanhol. A maior parte das vezes é o uso da linguagem informal", afirma.
Nas provas de língua estrangeira, tudo depende de três pilares básicos, ensina Floriano Guerios, professor de inglês do Grupo Positivo. "O aluno tem que ter três coisas: interpretação de textos, gramática aplicada e léxico", afirma. Segundo o professor, o domínio da gramática é fundamental para o entendimento dos textos, que perdem o sentido se o estudante não compreender a estrutura das frases. Essa relação é tão estreita, afirma Guerios, que a gramática inglesa tem grande importância na aula de interpretação, especialidade do professor.
Veja como aplicar as capacidades básicas no exame de idiomas do vestibular:
Interpretação de textos
Item básico em qualquer matéria no vestibular, o entendimento do que está escrito aparece com muita força nas provas de língua estrangeira. Para isso, não tem jeito: a preparação é leitura, leitura e mais leitura. "A leitura na língua estrangeira é essencial, pois ela aproxima o idioma da realidade do aluno", afirma Inêz Gaias, professora de espanhol do grupo Positivo. Outros recursos linguísticos, como assistir a curtas metragens e ouvir músicas no idioma escolhido, sem o auxílio de traduções, também pode contribuir.
Na hora do teste, não discuta com o texto. Se for afirmado que "two plus two is five", acredite. "O texto gera realidade. O aluno não pode levar a própria opinião, mas deve-se focar no que o texto está dizendo, mesmo que isso entre em choque com as suas convicções pessoais", alerta Fábio Berthier, professor de Inglês do Curso Apogeu.
Gramática aplicada
O aluno não tem como fugir da temida gramática. Entretanto, ela tem aparecido cada vez mais de forma contextualizada, diluída nas questões de interpretação. Para uma boa compreensão da prova, os principais tópicos a serem revisados são a transformação de voz ativa em passiva, os tempos verbais e as conjunções.
A respeito do uso de tempos verbais, Vera Laurenti Bianchini, coordenadora pedagógica da FISK Centro de Ensino, destaca que as principais questões indagam se a ação já foi finalizada. De acordo com o tempo verbal utilizado, a questão pode ser solucionada sem grandes problemas. As conjunções, tanto no espanhol como no inglês, também são de suma importância, já que uma conjunção mal empregada modifica todo o sentido de uma frase.
Léxico suficiente
O terceiro pilar do tripé para se dar bem no vestibular é dominar, no mínimo, as palavras que mais aparecem na prova. Para Floriano Guerios, professor de inglês do Curso Positivo, não basta o aluno dominar a comunicação usada em viagens ao exterior, pois não é isso que será cobrado no concurso. "Ele deve desenvolver o conhecimento de vocabulário para vestibular, não apenas de conversação", afirma. E como se consegue isso? Novamente, leitura é a saída.
Cuidado especial com os falsos cognatos, que enganam quem não os conhece. Não confunda "rato", em espanhol, com "rato", em português. No espanhol, a palavra significa momento, instante, medida de tempo. O animal, na língua espanhola, é chamado de "ratón". Por isso, dê uma última revisada nesses itens dúbios antes de entrar na sala de exame.
Fonte: TERRA
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