terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O PEQUENO GAUSS

Numa pequena cidade alemã, lá pelos idos de 1.787, um professor de aritmética, no intuito de ocupar os seus alunos, lhes propôs um exercício no mínimo trabalhoso. O exercício consistia basicamente em apresentar ao professor o somatório dos números inteiros, de um a cem.
Mal terminara de passar o exercício no quadro negro os dedicados alunos iniciam os cálculos. Aqui e ali se viam os lápis percorrendo os cadernos e toda a sala se entretinha naquela atividade. Um mais dois é igual a três, mais quatro igual a sete e assim por diante, os cálculos iam avançando, vagarosamente, em direção ao número cem.
Menos de um minuto após haver o professor prescrito o desafio a um canto da sala, um aluno se levanta e se dirige ao professor e mostra a ele o seu caderno, com umas poucas linhas preenchidas e abaixo um número, que seria a resposta ao desafio. O número era 5.050.
O professor, que, diga-se de passagem, sequer sabia a resposta, pois ainda não havia feito o cálculo que propôs aos seus alunos, resolve conferir a conta do pequeno aluno e, para sua surpresa, a conta estava exata.
Estupefato, o professor, com toda a humildade diante de um feito daqueles, questiona como o aluno, de apenas dez anos de idade, havia chegado, em tão pouco tempo àquela resposta.
O jovem aluno então lhe explica que havia percebido que se somando o número um com o número cem obtém-se cento e um; que se somando dois com noventa e nove obtém-se cento e um; que somando três com noventa e oito igualmente se obtém cento e um. Percebeu que sempre que se somam números equidistantes, o resultado seria cento e um e que entre os números um e cem existiam cinquenta destas duplas de números equidistantes, de modo que, para se chegar ao resultado desejado bastaria multiplicar cento e um por cinqüenta, obtendo-se então o resultado final de 5.050.
O professor, reconhecendo o potencial do menino, estimulava cada vez mais aquela criança, e inclusive comprava-lhes os livros, para que ele pudesse estudar e desenvolver sua superior inteligência. O aluno não o decepcionou e seu progresso na ciência matemática foi mesmo estupendo.
O caso real deste pequeno garotinho alemão evidencia que a genialidade e o talento podem brotar ainda em tenra idade, e se desenvolver sadiamente ao longo da vida.
Ah, ia me esquecendo, este garotinho esperto respondia pelo nome de Carl Friedrich Gauss, revolucionou a teoria do cálculo, e foi o maior matemático de seu tempo!

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