sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

JUSTIÇA MANDA INEP DISPONIBILIZAR REDAÇÕES DO ENEM CORRIGIDAS

A Justiça Federal no Ceará determinou hoje (3) que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) disponibilize antecipadamente para os alunos que fizeram o Enem 2012 as provas de redação corrigidas e acompanhadas das justificativas da pontuação.
O Ministério Público Federal no Ceará e em Alagoas entraram com ação em caráter de urgência para garantir que a redação do Enem 2012 e o espelho da correção pudessem ser acessados pelos estudantes.
O Ministério da Educação diz que vai recorrer da decisão da Justiça Federal no Ceará.
A previsão do Inep era disponibilizar a prova a partir do dia 6 de fevereiro, quase um mês depois do encerramento das inscrições no Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O sistema usa a nota do Enem como critério para dar acesso às universidades.
Para o procurador da República Marcial Duarte Coêlho, a divulgação em fevereiro traria prejuízo aos estudantes, já que o período de inscrição Sisu vai de 7 a 11 de janeiro. Ele pede que o Inep adie o prazo de abertura do Sisu, para que os alunos possam ter acesso às suas redações e os critérios que determinaram suas notas antes do início das inscrições.
As ações na Justiça foram provocadas por um documento assinado por oito mil estudantes de todo Brasil, com a queixa de que as notas atribuídas não obedeceram aos critérios de correção expostos no edital. 
Histórico
Essa não é a primeira vez que as provas de redação do Enem causam polêmica. Em 2010 e 2011, o MEC enfrentou diversos processos judiciais que pediam a revisão dos textos e a possibilidade de recursos. Após liminares favoráveis aos candidatos, a ações tiveram fim com a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público Federal.
O MEC se comprometeu a liberar a vista dos textos pelos candidatos, mas não a permitir recursos, possibilidade que, de fato, não foi incluída no edital do Enem 2012.
O Inep alega que alterou os procedimentos de correção das redações para evitar erros. Uma das alterações foi a redução de 300 para 200 pontos na diferença de notas que obriga a correção pelo terceiro avaliador. Além disso, foi incluída a banca examinadora para dirimir os casos de persistência das diferenças.
Com isso, cerca de 20% (826.798) das redações do Enem 2012 foram corrigidas por um terceiro avaliador, por causa da discrepância entre as notas atribuídas pelos dois corretores originais. Outros 100.087 textos tiveram que ser submetidos a uma banca examinadora, porque se manteve a diferença de mais de 200 pontos entre as notas dos três avaliadores.
Ainda segundo o Inep, os corretores de redação que atuaram no Enem passaram por dois meses de treinamento sobre as competências que deveriam ser exigidas nos textos e mais duas semanas para se capacitarem sobre o tema do teste – O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21. Segundo o instituto, os examinadores foram submetidos a pré-teste de avaliação da capacidade de correção de acordo com o padrão estabelecido pela banca examinadora.

1 comentários:

Anônimo disse...

O edital da redação do enem não prevê pedido de revisão,todos sabiam disso muito antes de saberem a nota,assim como todos sabiam que as justificativas da pontuação da redação sairia em fevereiro,se conhecíamos o edital pq não o contestamos antes, esperamos ate nos sentirmos particularmente prejudicados para podermos contestar,tirei uma nota baixa na redação, já entrei com uma ação judicial,mas acho que sera improvavel que mudem minha nota,gostaria de ter contestado tal edital antes,mas paciencia afinal seria de espantar que o enem não tivesse problemas novamente

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