domingo, 12 de julho de 2015

JOVENS TERMINAM O ENSINO MÉDIO SEM APRENDER O BÁSICO, APONTA PESQUISA

Faltam aos jovens competências básicas em comunicação, raciocínio lógico e tecnologia. O levantamento foi preparado pela Fundação Lemann
A pesquisa foi apresentada dentro de debate sobre a base curricular
nacional comum para a educação básica
Pesquisa preparada com jovens que concluíram o ensino médio mostra que há desconexão entre o ensinado nas escolas e os conhecimentos e habilidades exigidos na vida adulta. O levantamento Projeto de Vida - O Papel da Escola na Vida dos Jovens, da Fundação Lemann, foi apresentada ontem durante seminário em Brasília, que debate a base curricular nacional comum para a educação básica.
A análise dos resultados mostra que faltam aos jovens competências básicas em comunicação, raciocínio lógico e tecnologia. Também foi constatado que há dificuldades de interpretar o que leram, de se expressar oralmente e de construir argumentos consistentes. Além disso, os entrevistados sentem dificuldades para escrever textos do dia a dia, como um email, e enfrentam problemas de concordância e ortografia.
Foram entrevistados jovens que terminaram o ensino médio, 80% das escolas públicas, que ingressaram recentemente no mercado de trabalho e na faculdade; além de professores, empregadores, especialistas em educação e organizações não governamentais (ONGs) atuando na formação e orientação de jovens.
No campo do raciocínio lógico, a enquete mostra que os jovens não dominam conteúdos básicos da matemática, têm dificuldades com estimativas de valores, cálculos de descontos e reajustes, e para ler planilhas e gráficos. Jovens ouvidos relataram que já erraram ao passar troco a clientes e que saíram da escola sem noções básicas de informática, o que dificultou a entrada no mercado de trabalho.
De acordo com o levantamento, a base curricular nacional comum para a educação infantil, fundamental e média, em discussão no MEC, é uma oportunidade de diminuir a desconexão entre o que é ensinado na escola e o que o jovem realmente precisa aprender.
O diretor-executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, disse que a base comum pode contribuir para que a escola abandone a atuação de ser apenas um transmissor de conteúdo e prepare o estudante para que ele tenha bom desempenho nas atividades da vida cotidiana.
O secretário de Educação Básica do MEC, Manoel Palácios, explicou que o ministério criou um grupo de trabalho responsável pela redação de uma proposta preliminar da base nacional comum curricular. (da Agência Brasil)

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